segunda-feira, 31 de março de 2008

VIII

Depois de Daniela fazer o tio andar de um sítio para o outro, sentaram-se à mesa.
Manuel perguntou ao sobrinho se ainda pensava em ser jornalista e, perguntou à Daniela o que ela queria ser. Ela respondeu que ainda não sabia, mas que gostava de ser veterinária ou arqueóloga.
- Não é fácil - começou Daniela – decidir que profissão ter, se existem tantas e tantas coisas giras de que eu gosto que são tão diferentes.
- Estás certa, Daniela, tu ainda és nova e hás-de descobrir para que área tens mais vocação um dia.- disse Manuel.
O tempo foi-se passando entre conversas e olhares silenciosos. O ar tornava-se estranhamente pesado, a luz do candeeiro ia-se tornando forte demais para os olhos cansados de Daniela. Começou a pousar a cabeça sobre a mesa da sala de jantar de madeira castanha, esforçando-se por manter os olhos abertos e os ouvidos atentos ao que diziam. Só que chegou uma altura em que ela foi devorada por um sono maravilhoso. Dormia. Jorge pegou nela e levou-a para a cama, em seguida Alice vestiu-lhe a camisa de dormir. Era a camisa que tinha um ratinho desenhado, no lado direito na parte de cima. A camisa era branca e o ratinho era cor-de-rosa. Enquanto Daniela dormia, Manuel teve de se ir embora. Raul foi para a televisão, ver um filme do Batman. Alice e Jorge decidiram ir-se deitar; eram 23 horas e 10 minutos. Depressa, todos sonhavam.

Sem comentários: